Perdi o
sono.
sem ele: sua
lembrança.
Fico
escrevendo achando que tatuo sua membrana
Me parece
óbvio que tu não vai ler
Nossa
distância certifica
Talvez seja
esperança de te rever
ou o desejo
de reencontrar sua risada plena
É muito mais
um sonho,
mas sem sono
some a possibilidade
Quem dera
pudesse juntar
nossas duas
cidades
a sua traria
a cidadania militante,
a minha um
certo senso de liberdade
Seriam dois
nortes notórios,
um sul sucinto
e unido
o seu
daquele jeito de quem melhor sabe,
o meu
lutando na tentativa de ainda crer na humanidade
Traríamos pra
mais perto os portos,
os olhos, os
ouvidos
Tramaríamos amores
postos
em pé de
igualdade
guardaríamos
os dentes,
mostrados apenas
àqueles políticos
polidos pela
falta de caráter,
carecidos de
informação forte,
compaixão e
completude
Seria a soma
uma coisa
mais serena
Nasceria uma
parceria, sem posse
sem pose,
sem penas
apenas a
vontade astuta
de viver em
sociedade,
sem saudade
sentida na pele,
pelo menos
enquanto nos impele
esse tanto
de querer,
que nem sei
se bate só em mim
ou se também
transpira em você
Esse poeminha
bobo
reflete o
meu tanto
Espero sua
mensagem aflita,
agradeço até
se ela não vem
assim não
alimento expectativa,
mas me
pergunto se você a tem
Tento dormir
mais uma vez,
esperando que
você apareça
no meu
inconsciente já está sua presença
Boa noite,
sortudo.
Tudo que
posso dizer é:
que um dia
você me leia!
Carola
Bitencourt
09/09/2017
A.O.
A.O.