Saí de casa correndo, querendo aproveitar ao máximo as horas que tenho. Acabei esquecendo o celular.
Me sinto nua, como se nada tivesse além de uma língua muda.
Estranha sensação rara, já que nunca esqueço do aparelho que me parece segunda boca e um terceiro ouvido.
Como se faltassem mãos para acenar ao avião que passa acima da ilha onde naufraguei.
Como podem esses pequenos montinhos de ferro, pedra e plástico ser tão imprescindíveis a ponto de nos sentirmos amputados quando nos faltam companhia?
"Diga-me com quem andas e eu te direi quem és."
Será que virei objeto eletrôMico?
Carola Bitencourt
22/02/10
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