Quero amor meio dia.
quando o sol dita a vez de responsabilidade
e a saudade sobe a tez sorrateira.
Quero mensagem as 22, marcando a hora pra daqui meia
com um sorriso me vendo descer a rua sem que eu tenha percebido.
Quero ouvir a voz, ao invés de música colada na página do face
o real no caos da ligação humana.
Quero o que acontece de físico
nessa vontade mítica de encolher distâncias.
Quero o aperto tísico do abraço na cama.
Mais atrito íntimo reverberando a parede sólida.
Quero mais do que esse mero conceito de me abrir a porta.
Prefiro a liberdade atual em escolher
quem não vai aquecer minhas costas
e o respeito crescente que tenho por elas
é o que me faz deixa-las descobertas agora.
Sigo concretizando o que creio ser a certeza que me concentra.
Quem sabe no meio do caminho a procura me encontra?...
Carola Bitencourt
08/05/2012
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