Cafuné Cafona
Vez em quando seu pezinho molhado aparece num canto esquerdo no alto da minha tela, onde posicionei o ícone da rede social.
É uma foto dessas despretensiosas (talvez icônica) tal qual nossas duas tardes passadas num passado presente tipo rede de balançar, onde repouso minha lembrança.
Assim do nada, pairando nesse mar de virtudes virtuais me paira seu marasmo confortável, aquele da companhia calma, serenidade que desejo, e uns pingos de saliva doce pra temperar.
Em algum ponto ficou por lá, naquele feriado gasto na redoma da cama, dividindo o travesseiro, nossa vontade de querer mais.
Mas, acho ainda que pode ser válida uma nova tentativa, outra volta no relógio do tempo perdido. Mais uma sessão de sol no chuveiro e aquelas mordidas no ombro, ou queixo.
Sei lá eu porquê motivo - razão não fica nessas horas, só a circunstância - to nesse looping de cena no interno do olho...
Dê uma piscada se você também quiser criar outras novas vagarosas tardes.
Posso secar seus pés molhados e de repente seguimos mais um pedaço de caminho, assim como quem não quer nada.
;)
Carola Bitencourt
11/04/2016
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