Tem quem goste, ô se tem
Tem quem se lambuze
Tem quem se assunte
na minha íris cor de rosa
quando o susto arregala as pálpebras
Tem até quem se confunda
com o sorriso largo
dado de bandeja
pela prata do hoje, do momento oportuno
que entrego sem cobrança.
Tem de um tudo,
o pouco, o mito
o todo.
Tem um tolo que quer ressuscitar
um poder mórbido.
Tem o anjo de coroa de espinhos
preto,
como a noite em que visitamos
a cidade do império
Tem tantos tipos
e tantos gostos
que meu rosto se espalha
no fio da navalha que vivo e gargalho
Tem um tempo meu que ninguém toma
minha meninice sapecada de compromisso comigo
Alegria dividida com os sangues úteis.
Nenhum desperdício
só a sutileza do vício pelo ócio
Sonho mais,
assumo o consumismo
da diversão que uso
gosto, gozto e me lambuzo!
Carola Bitencourt
26/01/2012
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