Mais uma vez veio a noite
varreu o claro espanando a vela acesa
Mais uma vez o cansaço e a destreza de se jogar na cama
antes trono de horas cobertas de estudo musical e filosófico
Agora banheira de formol
objetivo cínico: outro dia laboral
Tive o vislumbre na borda da hora
uma vista meio apagada no foco borrado
uma vontade sem verdade estórica
outra manha ignorada na carência eufórica
metade silêncio e outro meio vício
Rascunhei alguns palpites
Salvei serenatas inativas
pestanas de trastes desconectos
até cair novamente na natural dúbia notívaga
Meu sono, minha corda, minha bebida.
Carola Bitencourt
17/04/2012
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