é bom que seja raro
que deixe o dia raso, sem horas suficientes
é melhor se for honesto,
um bocado atraente pelos dentes
seja alto dentre os todos de mesmo tamanho
que seja sentido, pontiagudo e almeje o céu
que dele caia
plumamente papel
com recado
com pecado rente a santidade eterna
encontre nos fios uma trança serena
faça serrote nas idas tornadas vindas
recomeço infindo
cores, ardores e mimos
memórias sem botão delete
no leito de raízes encrostadas na pele
se pudesse ser mais
virar de esquerdo pra perfeito
sem vaias nem força
outra virtude de fora da sorte
servido em pote com cobertura
deliciado derretido pela boca
uma dessas quimeras realistas
relacionadas a palpites certeiros
dosadas sem censura, nem consumismo
é bom que exista,
ou meu tempo aqui jamais termina...
Carola Bitencourt
10/06/2012
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