4 de dez. de 2012


dona Canô chamou,
mas Morfeu me deu chamego
minha vista embaraçou
um ardido no glóbulo
estou me rendendo
ao marasmo do sono
ao fofo do aconchego
amanhã, manha pra abrir a porta
e descer pro mundo
hoje, trote na hora
vontade: voar soturno
um papo sem pernas
com o amigo de longe
um monte de boas velas
ventando pra não sei onde
eu vejo um veleiro norte
um brio de pé de serra,
mesmo no mar aberto
aqui perto do meu forte
sorte de sonhar sortidos
solstícios de som batido
onda esmeralda cafona
fazendo cafuné no meu umbigo.
boa noite, caro distante
um dia, te abraço comigo.

Carola Bitencourt
04/12/2012

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