5 de set. de 2013

Nem todos os dias são assim tão bons. Há dias em que o sorriso sai esplêndido por obrigação e se retrai tão rápido que nem parece possível que tenha aparecido. Há vezes em que não se alcança o objetivo e tudo que se quer é outra coisa que não consegue achar, ou porque não está disponível ou porque simplesmente ainda não existe.
Aí você insiste
e hesita em desistir
porque do contrário qual seria a razão de todo o resto?
Resiste em reaver
a vitalidade
porque
na verdade
não pode crer
na cruel realidade. Em alguns dias a noite serve somente para abraçar a escuridão com o breu absoluto. Resolve que é melhor se cobrir de um certo luto pra começar os estágios o mais rápido possível, a fim de que se esvaia logo toda reclamação e então, quem sabe, outro dia mais ensolarado surja.
É a criação da esperança te trazendo
alguma solução
pro que se sabe insolúvel
e de tão concreto vira
insólito monolíto
no universo rarefeito das nossas sensações desastrosas e desajeitadas.
Nesses dias o som correto é Radiohead, a bebida é vinho, comer não faz sentido e o melhor amigo é o par: caneta e papel.
Nem mesmo piadas, ou boas histórias acompanham esses momentos. Mas, fique tranquilo. Momentos que são, vem e vão, dão e passam.

Carola Bitencourt
05/09/2013

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