Comecei a
fumar o tabaquinho, desses que vendem na rua. Tudo separado e tem que montar
peça por peça. Parece lego e faz você parecer funcionário da Philip Morris década de 40, onde quer que vá, ou um morto muito louco trocando as pernas,
montando, andando, tropeçando. Montando.
Até aí, tudo
bem. Montou, fumou, tem recompensa. Começa a desenvolver habilidades manuais
incríveis, descobre que todos os dedos tem funções nunca exploradas,
separadamente, um por um.
Como o texto
é curto e a receita do miojo já rolou, vou dar dicas:
Dica 1:
Pratique o desapego. Aqueles cabelinhos soltos que vão se perdendo no caminho,
fazendo falta ou não, jamais voltarão pra você. Despeça-se sem preocupação. Foi
com o vento.
Dica 2:
Jamais perca esta ordem: Seda, Filtro, depoooois o tabaco. Do contrário tu tem
que pedir a terceira mão do coleguinha do lado e se não tiver perde o trabalho
todo de já ter colocado tudo na seda pra achar o pacotinho de filtro, ou achar
aqueles já despejados junto com os fiapos dourados. É tudo programado.
Dica 3:
ISQUEIRO!! Seu melhor amigo – mais que aqueles que te mandam meme de whatsapp
no dia 21/01 ou do 07, nunca lembro essas datas... – ISQUEIRO! Você não será o
mesmo quando estiver sem. Já faz um estoque em casa. Não vai ficar fazendo de conta
que é mania de colocar no bolso. Todo mundo tá na mesma que você nesse esquema
do amigo número 1.
Dica 4: Pode
ser, ou não, vc que sabe. A cartucheira pode ser uma importante aliada. Faz uma
diferença enorme naquela hora de achar todos os itens, as pecinhas pra montar.
Mãos livres. Livre-se do peso no ombro. Vale a pena.
Deve ter
mais um monte de dicas, mas o cigarrin acabou. Antes de chegar no filtro,
claro. Agora só dá tempo de fazer um miojo (bhléee)!
Mais informações no
próximo perrengue. Bja
Carola
Bitencourt
28/07/2016
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