3 de jan. de 2019

Porque desanda
vaza pela mão
corre feito ano contemporâneo
de um passo, um dito
um carrasco sentimento
sai o grito
desespero
e desanda
paira raro
infante afortunado
mimado por querência

Extravasa vazio
Peito aberto, sozinho

Porque sessa
seco de saudade
essas vidas cruzadas
esses tantos árduos
ardem carentes,
crentes de si mesmos
mastros tortos soltos
no mar bravio

E se esvaem
na busca de outro sol
pra cobrir o ontem
que não aconteceu.

Carola Bitencourt
03/10/2019

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