No meu café
pós-almoço
Tem teu
gosto amargo
Tem o pouco
afago
Carícia que
tu me oferece
como esmola
de gente mole
pra tapar a
inércia de atitude
Tem também a
gana
de manter
distância e saúde
mental
tal qual
minha força de onça
no instinto
de proteger
a própria
pulsão interna
aquela
resposta à duvida
de te chamar
pra ser feliz
ou te mandar
pra puta que
o pariu
você e todo
seu charminho de “to nem aí”
seu descaso
com o sucesso
das
ex-fomeadas que já te quiseram
vá às forras
com tuas gigs
espero que
preencham teu vazio
teu lugar
egocêntrico
de largar à
deriva quem te quis
O fato é que
to farta
De tratar
como trufa
Quem de
fungo não passa
Eu passarinho
Carola
Bitencourt
26/03/19
M.F.
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