27 de jun. de 2011

Não tenho medo de sangrar
Nem de doer
Tenho pavor da ideia de ceder à culpa
De me recompor oca
De não poder usar por não saber como funciona
Não fujo a cada cara feia
Não tenho medo de grito,
Muito embora os deteste
como a um indigno inimigo ambíguo
não economizo falha a ser testada
digo sem dó a piedade que sinto
caçoo do que me corrói
antes que me coma por dentro
e jamais me entrego
ao que já conheço.
Me estresso, me esforço
Esgarço as possibilidades
Não finjo, não nego,
Sou devez e não me escravizo
Quero paz
E por isso brigo!

Carola Bitencourt
27/06/2011