30 de jan. de 2013

fiz o cortejo
cortei o jeito da cor
ruborizada numa força de hulk
verde
em não se envolver

vi de longe horrorizada
aquela verdade velha conhecida
me espantei como moscas pousadas
na pele de loucas varridas

virei outra página áspera
na espera de um recomeço
tentando apagar o vício
li já escrito o texto:
enquanto não aprender
refaremos o exercício

Carola Bitencourt
30/01/2013
according to you
we should be apart
there's no great end
with this brief start
i know where i'm at
but not for too long
if we can't have a moment
just for our own
talking is good
and i like it much
so, don't think i'm a fool
i won't stay in touch
if i realize,
my dearest,
going way
is for best.

and here i "went"

Carola Bitencourt
29/01/2013

27 de jan. de 2013

já tentei. fiz um texto. a conclusão não saiu.
quem sabe a conclusão se faça sozinha no branco do tempo e da folha?
quem sabe ela se distrai na hora da sorte e da escolha,
talvez seja só passada
ou pode ser morada que nem torta de maçã.
talvez a nação espalhe que foi só outra vida vilã,
que ainda não nasceu, e eu no escuro da noite vi ascendendo
uma porta vã.
pode ser só um parto mal coitado, se estendendo.
ou uma vez dissimulada se ardendo,
mas a sujeita sacana me provoca.
faz a cara torta parecer a horta onde colho o açoite.
traz aquela certeza que não conheço
e me aflige o peito apaziguado.
queria esperar bom grado
em me deixar de fora desse mal-trato
quando o que mereço é só amor acolchoado.
entendo que a força prevaleça,
afinal somos todos in-defesa.
pensei que o ser eu era mais importante.
agora entendo que ser "mim" mesma é mais sério do que imaginava...

Carola Bitencourt
28/01/2013

22 de jan. de 2013

não acreditei aceite tão maciço
nem me preocupei em caçá-lo
veio sem que eu pedisse,
e se instalou num broto de gravata
como nódulo de caule
com certa cautela se envereda
esverdeia uma primavera tardia,
mordida com cuidado e vontade.

enterrei o medo
enternecido nessa noturna embriaguez
agora a hora tortura
sombra tortuosa de saudade
faz um dia virar minutos contados pra mensagem,
e o torpor sentido nesse novo ardor
é treinamento de paciência pra iniciantes...

Carola Bitencourt
22/01/2013