29 de out. de 2011

Bom dia, flores do dia!!!
Aos amigos que se foram, saúdo sua existência infinda dentro da minha, com tanto amor quanto pude dar-lhes enquanto estavam corpulentos em nossos rodopios pelas noites artísticas!
Hoje o dia é de sol! Bom dia luz! Hoje é dia de batuque, e adicionarei as minhas peles de alfaia, um quê de saudade, sem deixar que o baque da ausência destes seja sentido ou faça sentido. Porque todos, os que foram e os que permanecem, merecem alegria, o alimento maior da vida, e chorar pelo leite derramado é só maneira de aumentar o volume do rio!!

Hoje não é dia de pesar e tristeza.

Hoje é dia de pesar a mão na baqueta,

e se esbaldar nos copos sobre a mesa!

Comemorar a liberdade dos poetas!!
BOM DIA, FLORES DO DIA!!

Carola Bitencourt

29/10/2011

24 de out. de 2011

Ando comendo mais chocolate ,
caminhando mais devagar e trocando a pressa por força de vontade.
Ando mais certa de não errar a toda hora
de ter mais falta de saco do que de paciência
Tenho tentado e conseguido
seguir um único objetivo sem esperar que ele venha sozinho
até mim
Até eu, que sempre achei fácil desgostar de um
agora passo a lembrar de esquecer
pra não perder a mão e erguer minha felicidade do chão.
E se me aparece uma flor,
não mudo de calçada, não dou risada
também não a arranco da raiz pra levar comigo.
Agradeço a espera por me manter sincera
em dizer que cada braçada puxa uma pernada e mesmo nadando no seco
Ainda persisto em buscar o pódio e não mais o ópio óbvio.
Ando ando ando.

Carola Bitencourt
24/10/11

10 de out. de 2011

O Big Ben está torto
A Pisa ao Berlusconi já foi fatiada
Meu Bem já não tem Dona
e o relógio ao meio dilma
toca teen badaladas.
O universo se expande
no inverso de comprimir
certeza mesmo só a de que um dia
deixará de existir.
Tirar teima é coisa da TV
orgulho é lindo de se ter,
ser cabeça dura é um charme,
e quem duvida de si mesmo é pobre
(de espírito)

"Sol fazia, só não fazia sentido"

Isso é do Leminski
que ainda não tem nome de lar,
já o coitado do Bukowiski
deve estar a revirar
seus ossos apodrecidos no túmulo.
No seu bar só tem riquinho fedendo a colônia,
gente insossa e o tumulto de quem não consegue pensar.

O que era visual
agora não se separa do ouvido,
o minimalismo virou pontual
e pra fazer arte tem que ter canudo,
e ver os minutos repetidos.

NOSTRADAMUS

ou melhor
NÓS TRAGAMOS,

ou..
NÓS ESTRAGAMOS...,

previu o fim do mundo!

Carola Bitencourt
10/10/11