29 de ago. de 2016

Comecei a fumar o tabaquinho, desses que vendem na rua. Tudo separado e tem que montar peça por peça. Parece lego e faz você parecer funcionário da Philip Morris década de 40, onde quer que vá, ou um morto muito louco trocando as pernas, montando, andando, tropeçando. Montando.

Até aí, tudo bem. Montou, fumou, tem recompensa. Começa a desenvolver habilidades manuais incríveis, descobre que todos os dedos tem funções nunca exploradas, separadamente, um por um.

Como o texto é curto e a receita do miojo já rolou, vou dar dicas:

Dica 1: Pratique o desapego. Aqueles cabelinhos soltos que vão se perdendo no caminho, fazendo falta ou não, jamais voltarão pra você. Despeça-se sem preocupação. Foi com o vento.

Dica 2: Jamais perca esta ordem: Seda, Filtro, depoooois o tabaco. Do contrário tu tem que pedir a terceira mão do coleguinha do lado e se não tiver perde o trabalho todo de já ter colocado tudo na seda pra achar o pacotinho de filtro, ou achar aqueles já despejados junto com os fiapos dourados. É tudo programado.

Dica 3: ISQUEIRO!! Seu melhor amigo – mais que aqueles que te mandam meme de whatsapp no dia 21/01 ou do 07, nunca lembro essas datas... – ISQUEIRO! Você não será o mesmo quando estiver sem. Já faz um estoque em casa. Não vai ficar fazendo de conta que é mania de colocar no bolso. Todo mundo tá na mesma que você nesse esquema do amigo número 1.

Dica 4: Pode ser, ou não, vc que sabe. A cartucheira pode ser uma importante aliada. Faz uma diferença enorme naquela hora de achar todos os itens, as pecinhas pra montar. Mãos livres. Livre-se do peso no ombro. Vale a pena.

Deve ter mais um monte de dicas, mas o cigarrin acabou. Antes de chegar no filtro, claro. Agora só dá tempo de fazer um miojo (bhléee)! 

Mais informações no próximo perrengue. Bja

Carola Bitencourt

28/07/2016