6 de jan. de 2014

Hoje o nada quer
Hoje nada atende.
Prendi o veio
no estribo do meio
e de lado algum
vem o centeio.
Colho agora
o que semeei fora
numa época de plantio seco.
Selo o brio breve
de quem sente mais do que deve.
Brado a casta plenitude
de breu em planície...

...Ao menos pra escrever me serve,
sorve meus músculos soltos
prescreve-me a receita
à base de provérbio,
verborragia e prece.
Procedo a percepção tardia
em conta gotas e bocejos.
Que venha outro deserto!
Já me tornei mais bromélia
que cacto.
Não embromo mais o fim certo
Prefiro fazer florescer o prumo
Que adormecer a relva a esmo.

Carola Bitencourt
03/01/2014